sexta-feira, 15 de julho de 2011

O negócio escorregadio da lubrificação

Só quem nunca experimentou é que não enaltece as virtudes de um bom lubrificante sexual.

Quer seja para facilitar uma penetração anal ou para complementar a lubrificação vaginal quando esta é insuficiente, é raro o encontro sexual que não beneficie deste extra.

Existem no entanto imensas variedades de lubirificantes no mercado, tantas na realidade que vou separar este tema em mais do que um post. Por isso neste vou apenas abordar as diferenças na composição base, optando por excluir desde já, por uma questão de concisão, os lubrificantes industriais ou aeronáuticos.

Quanto à sua constituição os lubrificantes podem ser:

- À base de água. São os mais comuns e aqueles que mais facilmente se encontram à venda no supermercado, geralmente vendidos pela Durex ou Control. Têm uma consistência muito gelatinosa (talvez porque, sei lá, são um gel aquoso), geralmente um odor neutro e um sabor bastante tolerável. São ideais para o sexo vaginal com ou sem preservativo, já que não alteram o PH vaginal (ainda que os que contêm glicerina ou acúcar poderem aumentar a probabilidade de infecções bacterianas), lavam-se com muita facilidade com água e não danificam o latex dos preservativos. No entanto, dado serem facilmente absorvidos pela pele, podem requerer várias aplicações durante o coito, o que não é a coisa mais desejável do mundo, e por este motivo não são tão recomendados para coito anal. É a categoria mais barata de lubrificantes;

- À base de óleo. NÃO usar com preservativos, já que tipicamente reagem com o latex fragilizando-o. São mais indicados para sexo anal, já que lubrificam melhor que os lubrificantes à base de água e tipicamente cada aplicação é mais duradoura, bastando uma no início do coito. Pela dificuldade em lavar e pelo potencial de alteração de PH vaginal são menos recomendados para coito vaginal. Para além do mais são tipicamente mais dispensiosos e têm uma tendência pouco agradável de reagir com os materiais dos brinquedos sexuais à base de latex, estragando-os;

- À base de silicone. Estes são o Ferrari, as trufas e as férias das Maldivas dos lubrificantes. Mais duradouros que os à base de água, menos danosos para as mucosas que os à base de óleo (ainda que algumas mulheres relatem irritações quando permanece aplicado por períodos prolongados de tempo), substancialmente mais fáceis de lavar que os oleosos e seguros para usar com preservativos ou brinquedos sexuais à base de latex. Os únicos contras que apresentam, o preço e dissolverem (literalmente!) brinquedos sexuais à base de silicone (não, implantes não contam ;) ).

Qualquer que seja o lubrificante que uses, recomendo que previamente apliques um pouco sobre a pele do braço para ver se tens alguma reacção alérgica imediata. Idealmente, depois de descobrires um lubrificante com que te dás bem, mantém-te fidelizado/a, fazendo sempre o teste quando experimentares um lubrificante novo.

Por último... um lubrificante não é uma forma de contracepção, nem contra gravidezes nem contra doenças sexualmente transmissíveis ou infecções bacterianas. Todas as precauções habituais devem ser mantidas.

Boas escorregadelas!

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